Atrás de vidros
Espiam a rua
A alma morta
Tudo insinua
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Mêdo de vida
mêdo de amar
Vida sofrida
Vida a secar
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Nos olhos baços
Inveja pura
seguem os passos
Das criaturas
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Rapinam sonhos
Denigrem gentes
Na sala escura
De suas mentes
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Se sentem salvos
Da escuridão
Mas estão mortos
Nessa prisão
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Invejam tudo
Inventam amores
Matam desejos
Com seus temores
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Rezam aos santos
Pedindo páz
Cravam punhais
Em seus iguais
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São mortos vivos
Sempre famintos
Pare no tempo...
Ouçam seus gritos
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Pedem socorro
Nunca o perdão
Se acham certos
Na contramão
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E a vida cobra
O seu quinhão
E o preço pago
É a solidão...
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