segunda-feira, 21 de abril de 2008

VIDA SEM VIDA

Atrás de vidros
Espiam a rua
A alma morta
Tudo insinua
.
Mêdo de vida
mêdo de amar
Vida sofrida
Vida a secar
.
Nos olhos baços
Inveja pura
seguem os passos
Das criaturas
.
Rapinam sonhos
Denigrem gentes
Na sala escura
De suas mentes
.
Se sentem salvos
Da escuridão
Mas estão mortos
Nessa prisão
.
Invejam tudo
Inventam amores
Matam desejos
Com seus temores
.
Rezam aos santos
Pedindo páz
Cravam punhais
Em seus iguais
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São mortos vivos
Sempre famintos
Pare no tempo...
Ouçam seus gritos
.
Pedem socorro
Nunca o perdão
Se acham certos
Na contramão
.
E a vida cobra
O seu quinhão
E o preço pago
É a solidão...
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